terça-feira, 16 de junho de 2009

Duplicidade

Tony Gilroy estreou como diretor em 2007 com o longa-metragem “Conduta de Risco”, estrelado por George Clooney. Agora, novamente como diretor e roteirista, ele comanda a estreia desta sexta-feira, dia 5 de junho. “Duplicidade” (“Duplicity”) traz Clive Owen e Julia Roberts nos papéis principais.

Embora seja novamente um filme de espionagem industrial seguido de golpes sujos, desta vez ele aposta no amor com o mote para a narrativa e o encontro de dois agentes, sendo a ex-CIA Claire Stenwick (Julia) e o ex- MI6 Ray Koval (Clive). Os dois se apaixonam e utilizam de suas artimanhas e conhecimentos obtidos com a profissão para se beneficiar da briga existente entre duas empresas comandadas por Howard Tully (Tom Wilkinson, de “O Sonho de Cassandra”) e Dick Garsik (Paul Giamatti, de “Sideways – Entre Umas e Outras”).

Julia Roberts e Clive Owen já haviam trabalhado juntos anteriormente como marido e mulher em “Closer – Perto Demais”, com Jude Law e Natalie Portman, que formavam um casal de namorados. Em “Duplicidade”, no entanto, eles são dois agentes secretos que desafiam a honestidade e as leis de uma máfia que trabalha com cosméticos. Um deles é Dick, o empresário careca que está prestes a descobrir uma fórmula que promete abalar o mercado de shampoos.

Com início confuso e situado em Dubai, o longa é formado por cenas em flashback e passa por várias cidades do mundo, como Roma, Londres, Zurique, além de cidades dentro dos Estados Unidos. Há de se saber também que existem cenas irrelevantes para o desenrolar da história que só confundem o espectador, uma vez que o mistério só é revelado no final, embora seja bastante previsível.

Gilroy já escreveu roteiros mais inteligentes, como a trilogia Bourne, que terminou com “O Ultimato Bourne”, lançado em 2007. Embora este roteiro seja repleto de diálogos bem-humorados e sedutores, principalmente quando os protagonistas estão em cena, a estrutura é bastante parecida com a de “Conduta de Risco”.

“Duplicidade” é um filme que pode instigar o espectador a tentar descobrir como será o desfecho, contudo os mais atentos (e que assistiram aos filmes anteriores do roteirista) logo saberão como vai terminar a história. Mesmo assim, o filme não é um total desperdício de tempo, embora nos Estados Unidos, a fita não tenha feito sucesso em sua estreia, em março.

Mas, é preciso deixar claro que o charme de Julia Roberts bem como o do inglês Clive Owen já foram melhor aproveitados em outras situações. Resta saber se os brasileiros serão seduzidos pelo charme de ambos a partir do dia 5.

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