Molière, que praticamente inventou o gênero comédia no teatro e é pseudônimo de Jean-Baptiste Poquelin, zombava da nobreza em suas peças pelo interior da França e depois as levou para Paris, onde conseguiu admiração e respeito do grande público do século 17. Quem teve a oportunidade de assistir à peça "O Avarento", cuja última montagem foi interpretada por Paulo Autran,
O longa conta a história a partir do momento em que o dramaturgo iria desistir de tudo, mas recebe ajuda de Monsieur Jourdain (Fabrice Luchini), um comerciante bem de vida que quer auxílio do escritor para aprender uma cena e, então, representá-la para cortejar uma moça, Célimène (Ludivine Sagnier). Como é casado com Elmire (Laura Morante), ele leva o dramaturgo para casa dizendo que trata-se de um padre. Daí pra frente, a confusão está armada e o espectador poderá conferir interpretações singulares de Romain Duris, que nunca pisou um palco na vida.
Ambientado no século 17, o longa tem direção de arte que merece destaque e mostra um pouco o Palácio de Versalhes, na França, mas sem identificá-lo, e como viviam os nobres naquela época. A história contada com o típico humor francês ficou conhecida como "Le Tartuffe".
"As Aventuras de Molière" apresenta uma breve história deste nome do teatro francês, apresentando-o de maneira simples, com toques de humor, mas sem perder a chance de mostrar um escritor ágil (ele escreveu "Le Tartuffe" em duas semanas) e com amor, já que tem um romance com uma das personagens da trama.
O dicionário Michaelis da Língua Portuguesa afirma que tartufo significa: 1) indivíduo hipócrita; 2) falso devoto; 3) enganador, impostor. Há quem diga, porém, que o termo surgiu em português e em outros idiomas por conta do conto de Molière. São as influências da cultura no idioma mundial.
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