quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Desde o primeiro minuto do dia 15 de julho, a sala Imax do Shopping Bourbon Pompeia começou com o grande movimento por conta da estreia do longa-metragem "Harry Potter e o Enigma do Príncipe" ("Harry Potter and the Half-Blood Prince"), o sexto da franquia em uma versão inédita: Imax 3-D. Ou seja, além das exibições tradicionais (com cópias dubladas e legendadas), o único cinema Imax do país exibe uma cópia especial.

Para se ter uma ideia, mais de 270 mil ingressos foram vendidos em pré-estreia para sessões do filme a partir de 0h01, recordes para os grupos Cinemark, Grupo Severiano Ribeiro e Moviecom. Nos Estados Unidos, cuja estreia aconteceu no mesmo dia, o filme teve a melhor abertura para sessões neste horário, arrecadando cerca de US$ 22,2 milhões, segundo estimativas iniciais da Warner Bros., superando os US$ 18 milhões de "Batman - O Cavaleiro das Trevas".

Trata-se da primeira vez que um filme live action (ao vivo) traz essa tecnologia ao cinema brasileiro. Embora no início do ano "Batman - O Cavaleiro das Trevas" tenha sido exibido em Imax (inclusive com cenas filmadas com equipamento especial para essas imagens), elas não eram em três dimensões. O longa dirigido por David Yates, porém, foi remasterizado digitalmente e a sequência de abertura (somente ela, ou seja, menos de 30 minutos do filme) foi convertida para 3-D com a tecnologia The IMAX Experience.

Da poltrona do cinema, o espectador poderá conferir, com o uso dos óculos especiais, na tela de 21 metros de comprimento por 14 metros de altura, a história do livro escrito por J.K. Rowling. No início, aliás, as imagens começam mostrando Londres e, com uma câmera rápida, Yates coloca o espectador dentro do filme e o leva para viajar junto com ele sobrevoando o rio Tâmisa e os principais pontos que o rodeiam, com os Comensais da Morte derrubando gente e virando a Ponte do Milênio, por exemplo. Neste momento, a diversão é garantida e a experiência do cinema com aquela qualidade é perfeita.

No entanto, antes da primeira meia hora do filme (que tem um total de 150 minutos de projeção), um sinal mostra que já se pode retirar os óculos e acompanhar normalmente a volta às aulas de Harry Potter (Daniel Radcliffe) e seus amigos Rony Weasley (Rupert Grint) e Hermione Granger (Emma Watson) na escola de magia Hogwarts. A aventura desta edição envolve principalmente o professor e diretor Alvo Dumbledore (Michel Gambon), que precisa preparar Harry para os próximos episódios, já que ele é o escolhido. Então, o bruxo terá de se aproximar do professor Horácio Slughorn (Jim Broadbent) para descobrir como foram as conversas que ele teve com o aluno Tom Riddle, aquele que mais tarde mudou o nome para Lord Voldemort, enquanto ele ainda era uma criança (neste filme interpretado por duas: Hero Fiennes Tiffin e Frank Dillane).

Outra situação a ser resolvida é o mistério que envolve Draco Malfoy (Tom Felton) e o professor Severo Snape (Alan Rickman), além dos Comensais da Morte Belatriz Lestrange (Helena Bonham Carter, ótima!) e Fenrir Greyback (Dave Legeno).

Ter a experiência de assistir ao filme na tela gigante e ainda em três dimensões é excelente. Porém, não compensa o fato de ter de ver os atores que conhecemos desde o primeiro filme, lançado em 2001, terem as suas vozes substituídas por dubladores cariocas. A diferença na edição perde um pouco em dramaticidade e em verdade na interpretação. Aos que não se incomodam em não ouvir as vozes originais, essa pode ser uma boa opção.

Quem não leu o livro vai descobrir que o filme termina da pior maneira possível, contudo deixa um gancho para a sequência. O sétimo e último livro da série, "Harry Potter e a Relíquia da Morte", já foi lançado e a história sobre ele será contada no cinema em duas partes, cujas estreias foram marcadas para 2010 e 2011. Aguarde, se for capaz de esperar.

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