segunda-feira, 17 de março de 2008

Altos papos!


(Como a entrevista que foi publicada na edição de março teve de ser diminuída em função do espaço, aqui ela está na íntegra.)
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Bastidores: A conversa durou pouco mais de um mês até que o jornalista Serginho Groisman pudesse receber METROPOLIS para entrevista. Ele estava em férias, em janeiro, então a matéria só pôde ser realizada após o Carnaval (na verdade, dia 26 de fevereiro).

Eu já deveria saber, mas constatei que Serginho é realmente um cara de atitude, simpático, atencioso e, sobretudo, competente. Ele conversou comigo durante quase uma hora e o resultado é possível conferir na entrevista. Durante a conversa, Serginho falou de futebol, televisão, família, cinema. Ele, aliás, além de jornalista, também já atuou como professor, quando lecionou aulas na Faap, onde estudou. Nos últimos anos, tem apresentado a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, criado por Leon Cakoff há 31 anos. 

Serginho se considera cinéfilo de carteirinha. Vai ao cinema, mas também assiste à filmes em DVD. Não se liga muito no Oscar, acha que é um programa da televisão americana, mas ainda assim confere a premiação para ver as retrospectivas e as edições. Outra paixão é o futebol. Embora não tenha ido muito ao estádio ultimamente, afirma que assiste a todos os jogos pela televisão. Seu time do coração? Corra pra ler a matéria que ele conta qual é!

Altos papos!
Ele não é mais, digamos, um garoto. Aos 57 anos, Serginho Groisman acumula, como jornalista, experiência em jornal impresso, rádio e televisão. Atualmente, ele comanda três atrações na TV Globo, emissora onde trabalha desde 1999.

Para esta entrevista exclusiva, Serginho recebeu a reportagem da METROPOLIS em sua sala na Rede Globo (onde há uma infinidade de DVDs além de um display com faixa de campeão do seu time do coração). Na ocasião, ele contou sobre sua trajetória pela televisão, uma vez que já passou por várias redes, além de ter participado de filmes no cinema e também feito uma peça no teatro. Para arrematar, o apresentador aproveitou para falar dos seus projetos, preferências, o Oscar e, claro, futebol. E, como ele mesmo diria: Fala, garoto!

Conte um pouco sobre sua carreira.
Eu estudei jornalismo, comecei a fazer frilas em jornal, cobri férias na Folha de S. Paulo e trabalhei em rádio. Trabalhei oito anos na Band, depois fui para a rádio Cultura, onde eu tinha um programa chamado “Matéria Prima”, tinha quatro horas por dia. Dei aula na Faap, fui dirigir a rádio Cultura AM, depois dirigi o curso de Rádio e TV durante por dois anos na Faap e fiz algumas coisas na TV Cultura, um programa chamado “Orientação”, de meia hora, mas comecei a fazer TV mesmo com mais freqüência na Gazeta, um programa chamado “TV Mix”.

O diretor Fernando Meirelles trabalhava neste programa?
Foi ele quem me chamou. Ele e o Marcelo Machado. Daí eu comecei a dirigir e a apresentar o programa. Fiquei dois anos lá e fui pra Cultura [no “Matéria Prima”], fiquei um ano e para o SBT, fiquei oito anos lá e já estou aqui desde 1999. Hoje em dia tenho o “Altas Horas”, o “Ação” e o programa no Canal Futura chamado “Tempos de Escola”.

Olhando para trás, como você avalia a sua carreira?
Sempre procurei trabalhar naquilo que me desse prazer, nunca foi por dinheiro ou status. E sempre as decisões de sair de onde eu estava, foram muito difíceis, pois sempre estive bem nesses lugares. Uma exigência principal foi a liberdade de trabalho e isso se mantém até hoje. Quando eu estava no SBT e apareceu o convite de vir pra cá, fiquei muito balançado, porque eu tinha medo. Mas também quando eu fui para o SBT eu tive medo dessa história de o Silvio Santos entrar nos programas e aqui também, mas nada disso aconteceu. Então, foi uma oportunidade muito grande de vir pra cá e trabalhar na quarta emissora maior do mundo. Não perdi, só acrescentei coisas com o tempo. Você vai adquirindo experiência, tendo melhores condições de trabalho, mas não perdi o conceito básico que é ligado à ética, um tipo de programa no qual o espectador fala, se posiciona.

Desde o “Matéria Prima”, na década de 1990, você fala com adolescentes. Você consegue ver a diferença do jovem de hoje e daquela época?
Existem diferenças e semelhanças. Acho que as semelhanças é que o jovem ainda lê pouco desde aquela época, avançou um pouco a politização, mas não é grande coisa. Agora, tem coisas novas. A internet veio revolucionar uma geração inteira, já vai para a segunda geração. É uma revolução real. As pessoas têm mais acesso à informação e à comunicação. As pessoas ainda não sabem usar bem essa ferramenta, porque a educação no Brasil ainda é falha, principalmente a comunicação hoje em dia, o celular e a internet. Acho que revolucionou o modo de comportamento. Hoje, o jovem é mais evoluído com a consciência ecológica, do que antes, fumam menos.

Ao invés de monopolizar o entrevistado, você dá voz a outras pessoas. Você já passou algum aperto?
Já, várias perguntas (risos). A [Luíza] Erundina era prefeita de São Paulo e ela é da Paraíba. Perguntaram se ela não podia criar uma lei impedindo a vinda do nordestino para cá. Para Roberta Close, perguntam como foi cortar o bilau!

E como você lida com isso, já que o programa não é ao vivo?
Depende. Não é, mas antes era. Hoje é mais fácil, a gente usa a edição, se acontece uma barbaridade, mas se é uma pergunta interessante a gente deixa. O programa é gravado praticamente como se fosse ao vivo. Tem muita pergunta repetida, a pessoa vê na televisão, vem pra cá e repete. Mas tem muita pergunta surpreendente, isso que é bom.

E no Púlpito, quadro no qual as pessoas fazem protestos, já teve alguma coisa bizarra que vocês tiveram que cortar?
Não, tem muitas coisas engraçadas e surpreendentes. As pessoas reclamam muito dos políticos, do aquecimento global, tem uma menina que diz que é contra a sexta-feira porque é o único dia que ela faz chapinha e chove. Tem gente que reclama do pai, do trabalho, do namorado, do time, uma coisa muito ampla. É curioso e engraçado. Sempre tem uma coisa diferente, nova. Nunca tivemos que cortar.

Por falar em time, você é corintiano desde criancinha?
Desde sempre.

Qual é a sua opinião sobre o seu time atualmente?
O Corinthians está mais feliz do que estava, porque estava péssimo, agora está melhor, dá pra encarar, assistir. Se bem que eu assisto sempre, a todos os jogos.

Você vai ao estádio?
Não vou como ia, principalmente em clássicos. As pessoas esquecem que gostam de futebol e é uma loucura. Mas assisto pela TV a todos os jogos. Neste ano fui uma vez só ao estádio quando o Corinthians inaugurou o novo time. Adoro futebol.

Qual é o seu envolvimento na programação do “Altas Horas”?
Eu co-dirijo o programa, eu e o Mauricio, então é tudo. Eu venho todo dia. Meu trabalho não é apresentar. Eu cuido de tudo, da pauta, quero saber as escolas que vêm, quais são as matérias, faço matérias, como fiz no Cirque du Soleil na semana passada, me colocaram uma fantasia.

O horário de exibição do “Altas Horas” te incomoda de alguma maneira por ser muito tarde?
Não, eu que optei. Quando vim para cá, eu não sabia nem do horário nem do programa. Eu tinha possibilidade à tarde, meia hora, mas achei que não era o perfil. Daí pensei na madrugada de sábado para domingo. Então a opção é minha mesmo, acho que é uma alternativa. É claro que você gosta de ser mais visto, um pouco mais cedo seria melhor, mas de qualquer jeito a gente tem uma audiência boa, que vai de 8 a 10 pontos de média, o que é muito grande.

Neste horário você não atinge só adolescentes...
Acho que sempre foi assim. Nos outros canais também. É um programa feito com adolescentes, mas a temática é ampla, a gente fala de tudo: política, comportamento, jornalismo, futebol. O programa tem uma ligação com o público jovem, mas ele não é feito para eles.

E com o Ibope, você sofre alguma pressão?
Não, não tem nenhuma. Principalmente porque esse é um horário tranqüilo, sempre dá para experimentar e temos uma audiência grande.

Faz pouco tempo que vi uma edição inteira do caderno Variedades do Jornal da Tarde que você editou, teve até matéria sobre o Corinthians... Como foi voltar para a redação do jornal?
Ah, foi muito legal. Uma experiência legal, ficar editor de um caderno. Teve a reunião de pauta, e o editor, o Júlio Maria, foi muito bacana. Ele me deu a liberdade de fazer a pauta, diagramação, fotos, fechamento, tudo. Acho que o resultado foi bom, eles gostaram da repercussão. Eu também adorei voltar. No tempo que eu fiz a Folha era muito diferente.

Você trabalhou em qual editoria?
Cobria esportes.

Faria de novo?
Faria, mas como uma experiência, porque toma muito tempo. Recebo às vezes convites para escrever, que é uma coisa que eu quero voltar a fazer, sinto falta de escrever. Neste ano, de algum jeito, vou fazer isso.

Com o “Altas Horas”, você foi para Portugal e depois para o Japão gravar. Como foi a experiência de trabalhar fora do país? Você pretende fazer outros programas fora?
O programa não foi para lá. Eu fui para lá. Aproveitei o Brazilian Day e gravei algumas coisas para o programa, não fiz um programa inteiro fora. Já viajei para vários lugares fora do Brasil. A gente tem um projeto de fazer um aniversário fora do Brasil. Por enquanto gravei em Portugal, no Japão, em Nova York, Buenos Aires. São matérias que eu faço para cá.

Há muitas pessoas que assistem fora por conta da Globo Internacional. Você tem retorno?
Tenho pelos e-mails. No Japão e nos Estados Unidos estão as comunidades mais fortes. Em Portugal foi bem legal, muita gente na rua conhece o programa. Em Nova York, na última vez que eu fui, tem gente que vê a Globo Internacional e não é brasileiro. Vai longe.

Como surgiu o “Ação”?
O “Ação” é mais velho que o “Altas Horas”. O programa vai completar nove anos e o “Altas Horas”, oito. Quando eu cheguei aqui, a primeira coisa que me deram foi o “Ação”, em 1999. Mas era para ele durar de dezembro a abril. Ia só até o Brasil 500 anos. E está até hoje. É um programa que eu adoro fazer. Hoje, por exemplo, estamos falando do Dia Internacional da Mulher, e tem uma ONG de Recife contra a violência com relação à mulher, vai ter uma delegada da Delegacia da Mulher. É um programa que mostra as coisas positivas do Brasil. Gente que trabalha em ONGs voltadas à geração de renda ou educação. A gente trabalha com esse tripé: geração de renda, educação e voluntariado. É um programa que eu adoro fazer, eu não dirijo, apresento e participo com idéias.

Você que criou?
Não, eu participei da criação com mais gente.

O programa fala bastante sobre responsabilidade social. Você acha que está na “moda” ultimamente? O “Ação” colaborou com isso?
Não sei, acho que é um pouco difícil achar que um programa de televisão é capaz de fazer tudo isso, acho que ele é um pouco reflexo. Talvez ele ajude em algumas coisas.

A divulgar? Muitas pessoas não tomam iniciativa por desconhecimento...
É, muita gente não sabe direito o que fazer. Acho que nisso o programa pode contribuir. Pelo nosso site a gente liga as coisas que mostramos no programa com as ONGs. Eu sei, por exemplo, que nas ONGs que a gente mostra há uma repercussão muito grande quando aparece no programa. Acho que ele tem esse papel. E também o papel maior de mostrar ao espectador que existe um Brasil paralelo ao Estado, sabe? Em que as pessoas podem se servir de iniciativas que o Estado não pode. Tem gente com idéias bem bacanas que o Estado poderia copiar e não copia.

Você se emociona com as histórias que conta no “Ação”?
Eu me emociono, mas eu não sou uma pessoa que demonstra. Eu me emociono com muita coisa, com o esforço que as pessoas fazem de uma maneira despretensiosa, os casos que acontecem. Eu acho uma pena, porque o Brasil poderia ser um país mais desenvolvido.

O que você acha que falta?
Falta uma vontade política, real, é muito difícil essas coisas da política, do poder. As pessoas se envolvem muito com o poder. Daí fazem concessões, se esquecem do que realmente deve ser feito, porque lutam muito para ficar no poder. Mas democracia é ainda o melhor modo que a gente tem de levar um país.

Este ano é político, você pretende discutir o tema no programa?
O ano político é mais difícil, porque existe uma legislação que proíbe uma série de coisas. O que dá pra fazer é discutir com a platéia, incentivar a votar, tirar título de eleitor quem pode. Isso sim, a gente vai fazer. Trazer candidatos não dá, porque isso o jornalismo também já faz e a gente tem uma série de restrições, porque para trazer candidatos é preciso trazer todo mundo, é meio complicado para um programa semanal.

E no Canal Futura, como é o programa?
Chama-se “Tempos de Escola”. É um programa que eu levo uma pessoa conhecida e ela fala de um determinado momento da escola dela. Um amigo dela de época fica repórter e mostra como está a escola hoje em dia. Adoro fazer esse programa.

Como você dá conta de todos esses programas?
Às terças eu gravo o “Ação”; às quintas, o “Altas Horas”. Queria fazer ao vivo, sábado, mas o horário não permite. E o “Tempos de Escola” é por temporada, faço a direção e a produção. Em um semestre a gente trabalha em cima disso fora daqui. Eu gravo duas pessoas por dia, sexta, sábado e domingo. Em três finais de semana terminamos uma série inteira. É pesado.

Mas é bom, né?
É bom.

Faz tempo que você participa das edições da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo? Qual é o seu envolvimento com o Leon Cakoff e com o cinema?
Cinema eu adoro, quase fiz Cinema. Quando eu fazia um programa na Band chamado “90 Minutos”, nos anos 1980, a primeira matéria que eu fiz que apareci na vida foi na fila da Mostra de Cinema, de um filme proibido. Eu conheci o Leon e a partir daí a gente se conheceu melhor, ficamos amigos. E eu apresento a abertura e o encerramento e coordeno os debates.

No ano passado você intermediou o do Gael Garcia Bernal, que aconteceu na Faap...
Então, foi bacana. Eu faço isso há muitos anos, nem sei quantos.

A relação é bem estreita, né?
É, eu estou pra fazer um documentário sobre eles. Como eles fazem a seleção dos filmes da Mostra, viajar com eles pelos festivais. Ia fazer este ano, mas não deu para levantar o equipamento, mobilidade. Então estou fazendo um projeto para o ano que vem. Neste ano já foi Berlim, não dá mais...

Por falar em Berlim, você disse no programa do dia 23 que você vai entrevistar o José Padilha, diretor do “Tropa de Elite”. Qual é a sua opinião sobre o filme?
Eu gosto do filme, mas acho que ele levanta muitas polêmicas. Acho que ele demonstra a realidade, mas eu nunca sei direito que impacto o filme tem. Essa é uma discussão difícil: qual é o impacto que um filme pode ter em uma pessoa. Acho que é muito mais uma identificação do que uma transformação. Acho que dificilmente uma pessoa sai de um filme e vai matar alguém por causa do filme. Mas acho que ela pode se identificar. E eu fico um pouco assim quando torturam no filme. Soube que tem gente que aplaude, e disso eu não gosto. Isso eu vou conversar com ele. Cena de tortura sendo aplaudida eu não gosto. Mas eu gosto do filme, ele é muito bem-feito.

Você vai ao cinema freqüentemente ou vê filmes em DVD?
Vou ao cinema sempre que dá.

Qual foi o último filme a que você assistiu?
(Suspiro) O último filme acho que foi “Juno”.

Gostou?
Gostei, mas não tanto. Vi outros filmes que também estavam concorrendo ao Oscar que eu achei melhor.

O que você achou da premiação?
O Oscar é um programa de televisão americano, para o cinema americano. Eles ainda dão uma colher de chá para o Melhor Estrangeiro. Eu gosto de ver o Oscar por causa das edições, das retrospectivas. Não fico torcendo. Mas no final, se você assiste aos filmes, sempre tem um preferido, acha que o Melhor Filme pode ter uma repercussão maior, e às vezes tem mesmo.

Você tem um preferido?
Olha, o que ganhou [“Onde os Fracos Não Têm Vez”] eu gostei muito, dos irmãos Coen. É um filme muito violento, mas todos os filmes deles eu acho muito bom. Gostei do filme que o George Clooney participa, o “Conduta de Risco”. Eu vi um monte.

E “Desejo e Reparação”?
Ah, adorei. Adorei o roteiro como ele é contado.

Em 2006, você fez sua estréia em teatro, sob a direção de Gerald Thomas, no espetáculo “Brasas no Congelador”. Como foi esta experiência?
Eu espero que se repita.

Você estudou teatro?
Antes, não. Fui jantar com o ele porque ele queria que eu aparecesse em vídeo em uma peça do Marco Nanini. Daí ele se empolgou comigo, disse que eu poderia ser ator, que sou engraçado. A gente se dá muito bem, a gente ri muito. Daí ele escreveu uma peça. E quando ele escreve, ele escreve para o ator. E misturava Globo, com o horário, campo de concentração, que tem a ver com a minha família, os meus pais. Os pais da minha mãe ficaram nos campos. Então, ele escreveu o texto, eu adorei, as pessoas gostaram e se fosse para fazer uma coisa, eu queria fazer teatro. Me convidaram para uma participação de um filme, mas como apresentador.

Qual filme?
Do Alain Fresnot, mas ainda não tem título e tem uma participação minha com o Caco Ciocler. Também como apresentador de um filme chamado “Fim da Linha”, que ainda não foi lançado, com o filho do Fagundes. Tenho uma possibilidade de fazer uma peça de teatro, o “Decameron”, do Bocage, e também outra com o Gerald, estou vendo o que vou fazer, talvez este ano.

Qual é a sua descendência?
Meus pais faleceram já. Minha mãe faz dois anos e meu pai foi em 2000. Ele era romeno, e ela polonesa. Judeus. Eles vieram na Segunda Guerra, se conheceram num baile, depois casaram. Daí que meu pai faleceu, minha mãe começou a vir pra cá, ficava com o pessoal da produção. O Dan Stubach tem uma mãe polonesa e ele começou a falar polonês com a minha mãe.

Você fala polonês?
Não, porque meu pai era romeno, minha mãe polonesa. Então eles não se comunicavam na língua. Então não sei nada de nenhuma das duas.

Como é a sua rotina?
Eu venho todo dia aqui, almoço aqui e vou vendo como está principalmente o “Altas Horas”. O “Ação” eu faço os off uns dois dias antes. Quando gravo, olho o espelho do programa e demoro cerca de 40 minutos para gravar o programa que tem 25 minutos.

Para você se informar, você lê jornal, internet?
Leio jornal todos os dias, internet estou sempre lendo as notícias. Ler é a coisa mais importante. Não consigo ver um apresentador de televisão desinformado. Fico louco com isso.

E os seus projetos para este ano?
Então, é o teatro, voltar a escrever e fazer melhoras no programa. O “Altas Horas” vai ter mudança de cenário, quadros novos. Estamos ainda no estudo, fazendo experimentos. Algumas coisas a gente já está fazendo, umas brincadeiras. A gente sempre tem duas bandas, então pegamos o vocalista de uma e colocamos na outra. Estréia na primeira semana de abril.

Você também se arrisca cantando...
Cantando? Brinco, né?

O que falta na sua carreira para você se considerar um profissional realizado?
Eu não penso assim, nunca pensei nisso.

Sempre tem algo para fazer?
Eu sempre quero fazer outras coisas. Eu não penso: “oh, quando será o dia que eu vou falar que estou realizado?” Eu não sei o que é que é realizado, não me passa pela minha cabeça.

E pessoalmente?
O que falta? Falta ter filho. E casar, que vai ser logo.

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