
A sensação que Remy tem ao encarar a Torre Eiffel talvez seja a mesma de um visitante que pela primeira vez vê o símbolo da cidade bem de perto: de perder o fôlego. Remy, com voz de Patton Oswalt na versão original, é o personagem central do longa-metragem de animação "Ratatouille", a nova aposta da Pixar Animation Studios e da Disney. Dirigido por Brad Bird (o mesmo de "Os Incríveis"), o filme conta a história do talentoso Remy, que sonha em ser um cozinheiro de um restaurante cinco estrelas.
Mas é ajudando o faxineiro Linguini (Lou Romano), que eles vão desenvolver uma amizade improvável, o espírito de união e também descobrir o talento do pequeno chef.Para tanto, porém, os dois farão manobras incríveis e engraçadas para disfarçar que quem está dando a receita ao aprendiz é o roedor. Outra coisa: os dois terão de passar por cima do atual chef e também do crítico gastronômico Ego (Peter O'Toole).
Um dos pontos altos da fita é o bom humor do roteiro, que é bastante delicado, convincente e bem escrito, além do desenho, pois a Paris retratada na animação consegue mostrar os encantos da Cidade Luz e pontos turísticos, como o Rio Sena, a Catedral de Notre Dame, bistrôs.
A Pixar, que está acostumada a surpreender os espectadores com seus personagens originais, como os brinquedos que ganham vida ("Toy Story"), os monstros apavorados ("Monstros S.A."), o peixe que se perde da família ("Procurando Nemo"), além dos super-heróis ("Os Incríveis") e dos automóveis falantes ("Carros"), traz novamente personagens cativantes, em uma história singular que vai agradar a família inteira. Um senão: bem que a versão original poderia ser falada em francês e não em inglês, para ambientar mais o personagem no local onde ele está. Mas aí seria correr um risco grande demais, que os executivos dos estúdios não estariam preparados.
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