Não estou mais agüentando este frio que faz em São Paulo. Ontem, enquanto eu andava pela avenida Paulista e os termômetros marcavam 10ºC (e a sensação térmica devia ser menos que 5ºC), eu parecia uma muçulmana tentando me esconder embaixo do meu cachecol. Brrrrrr
Ontem a noite eu andava na avenida Paulista porque fui conferir a pré-estréia do longa-metragem “O Dono do Mar”, baseado no romance homônimo de José Sarney (sim, o ex-presidente brasileiro escreveu um livro...). Embora a exibição tenha sido no HSBC Belas Artes, que fica na Consolação, tive que parar o meu carro na alameda Santos, esquina com a Haddock Lobo, porque simplesmente não havia estacionamento por perto do cinema que não estivesse lotado. Então, lá vou eu caminhar na maior corrente de vento que existe em São Paulo. Brrrrrr
Bom, sobre o filme, prefiro nem fazer comentários para não ofender. Sério. Saí tão constrangida da sessão que cheguei a ficar com pena do diretor Odorico Mendes, principalmente quando me lembrei que ele disse para espalharmos aos amigos, caso gostássemos do filme. Se não gostássemos, para não dizermos a ninguém.
- Falo não – pensei. Escrevo.
Mas não vou nem fazer isso. Só vou dizer que o filme é realmente constrangedor, tamanha a bobagem a que fomos submetidos a assistir. Se você, leitor, não quer perder o seu tempo e gastar o seu rico dinheirinho em um filme que valha a pena, veja qualquer outro, mas poupe seus reais.
Pronto, falei. Ops, escrevi.
Mas vamos ao que interessa.
O último final de semana foi atípico. Isso porque eu não costumo sair às sextas-feiras, costumo sair aos sábados e fico esperando a música do Fantástico anunciar que a segunda-feira está chegando, no domingo. Como este final de semana foi atípico, saí do trabalho na sexta e corri pra casa e depois, bora pra balada com as meninas de Buenos Aires.
Fomos ao pub que virou mania agora entre a gente. Isso porque é um lugar legal, tem uma banda de rock que toca um som bacana e ainda o bar serve Guinness. Pensa: Guinness!!! Aquele líquido preto, servido em uma temperatura agradável, que desce redondo... Ok, a redonda é da outra marca, mas a Guinness realmente desce re... perfeito!
O pub é legal porque tem pessoas legais. Moços e moças bonitas, se é que você me entende. Mas também rolam aquelas bizarrices comuns da noite paulista. Mas nessa sexta essas bizarrices se superaram que eu vou começar a rir sem parar agora só de lembrar. Por isso, prefiro deixar pra lá o episódio do cidadão dançando parecendo uma lombriga ao lado da banda. Ah, detalhe, a banda GT é tudo. Não dei nada quando vi aqueles rapazes no palco, mas quando o vocalista começou a cantar, arrebentou! As performances de canções do U2 foram perfeitas. Eu podia jurar que o Bono Vox estava ali. Ok, desculpa, me empolguei. Sem exageros.
Outra coisa engraçada é a paquera. Já parou para ver como uns se aproximam dos outros? Um dia um amigo me falou:
- O cara, quando está a fim, chega na menina. Se ela está a fim, ela não vai, manda a amiga!
Eu nunca mandei amiga nenhuma fazer o serviço por mim. Acho que também nunca tive cara de cantar um cara na balada. Tampouco se ele estivesse em uma roda de amigos. É fora na certa. Aliás, o que este amigo falou, aconteceu justamente ao contrário. Um outro cara, que parecia uma minhoca dançando (desculpa, não resisti), falou pra amiga da mina que ele estava a fim que ela era linda. Conclusão? As duas se mandaram dali. O outro, decidido, chegou na morena que estava encostada perto da banda e mandou logo:
- Tá com sede?
- Não
Putz, que fora. Mas ele não desistiu:
- Vamos ao bar comigo tomar água?
E ela foi. Ganhou pela insistência. Ou pelo sorriso.
Sábado, com o frio da louca do lado de fora, resolvi não sair de casa. Preferi dividir o meu sábado com os DVDs, com trabalho da pós-graduação, com livros, com papo por telefone, com a final do vôlei masculino... Jogão, né? (se eu não fosse patriota torceria fácil pelos americanos...)
Pra compensar, no domingo eu acordei com a louca. Já tinha, de cara, dois programas. Fazia muito tempo que eu não via umas amigas de colegial. Ensino médio, perdão. Mas ok, na minha época era colegial e pronto. Enfim, fazia muitos anos que a gente não se encontrava e no domingo era aniversário de duas delas. Uma ia comemorar no almoço e a outra, no happy hour.
Encaminhei o e-mail do convite para outras duas e disse:
- Vamos juntas. Temos programa para domingão.
Fomos então para o almoço, fizemos um break no cinema (“O Ex-Namorado da Minha Mulher” – programa para rir das piadas politicamente incorretas) e depois uma cerveja pra encerrar a noite. Sério, nunca vi tanta moça enlouquecida junta. Pensa: quatro mulheres, por volta dos 30 (sim, por volta, porque eu ainda não sou balzaquiana), que se encontraram anos depois e ainda assim continuam com as mesmas carinhas e rindo como se ainda se encontrassem todos os dias no colégio.
Quando cheguei em casa, imagine, nem precisei esperar a música de abertura do Fantástico me dar aquela dor de barriga e me mandar pra cama!
Um comentário:
Tati, amei seu blog. Fico feliz de ter participado de todo este frio e das mega, mastersss baladas e baladinhas com vc.
Meu, que filme é aquele que o ator principal "dorme" com o elenco inteiro??? Putz, para completar eu odeio caixas eletrônicos após as 22:00 horas... Fala sério! Nossa segurança nos faz passar por situações constrangedoras e sinto muito ter feito vc passar um mega frio, procurando caixas eletrônicos...
E o japa lombriga que mandou recado? Os homens de hoje são um babacas mesmo... Além de não saber chegar, ainda repelem ... Será que é culpa das mulheres?
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