segunda-feira, 13 de junho de 2011

Kung Fu Panda 2

Muitos torceram o nariz quando houve a explosão dos longas-metragens produzidos com o uso da tecnologia, ou seja, feitos inteiramente no computador, em três dimensões, principalmente depois do sucesso da Pixar, “Toy Story”, dirigido por John Lasseter e lançado em 1995.

A questão é que outros estúdios aprenderam que poderiam deixar de fazer animação do modo tradicional, tal como Walt Disney fez “Branca de Neve e os Sete Anões”, primeiro longa do gênero, lançado em 1939. No entanto, os diretores (e obviamente os estúdios) entenderam que o público iria ao cine­ma assistir a essas produções desde que tivesse uma boa história para contar, independentemente de ter sido feita a mão ou com ajuda do computador.

O uso do 3D e da animação de um modo geral é justificável para contar uma história não necessariamente infantil, mas que não pode ser contada com personagens reais, como os brinquedos que ganham vida quando os humanos viram as costas, o peixe que se perde no oceano, o ogro que vira príncipe, os animais que lutam kung fu e assim por diante.

Agora está nos cinemas, em versões 2D e 3D, o longa-metragem de animação “Kung Fu Panda 2”. Na aventura, o panda Po (Jack Black) já foi aceito como Dragão Guerreiro, e protege o Vale da Paz ao lado dos seus amigos e mestres do kung fu, os Cinco Furiosos: Tigresa (Angelina Jolie), Macaco (Jackie Chan), Louva-Deus (Seth Rogen), Víbora (Lucy Liu), Garça (David Cross) e o mentor Shifu (Dustin Hoffman). E, além de acompa­nhá-los em suas aventuras, Po é adorado por todos e tem até bonecos com a sua cara.

A fita começa contando sobre a China e sobre a tão procurada paz interior, necessária para conseguir equilíbrio. Mas além de Po encontrar o próprio equilíbrio, já que sabe que fora adotado pelo Ganso, embora não saiba de onde veio, ele vai ajudar os nossos heróis a não deixarem o kung fu morrer. Para isso, porém, vão ter de lutar contra o vilão Lorde Shen, que planeja usar uma arma secreta para conquistar a China e des­truir o kung fu.

Ainda que o “balé” da primeira luta de Po com ajuda dos outros animais seja sensacional, ela e as demais que acontecem no decorrer na trama são o ponto fraco, pois, muitas vezes, principalmente na versão tridimensional, a que assisti, é escura e a coreografia não permite que o espectador entenda, em algumas cenas, quem está batendo e quem está apanhando.

Como o panda vai precisar de paz interior para buscar o equilíbrio a fim de continuar lutando, há algo no passado de Po que o incomoda e isso será demonstrado a partir de um desenho localizado no braço do ini­migo, cena que se repete várias vezes ao longo da fita.

Embora algumas continuações de filmes façam sucesso, em alguns momentos “Kung Fu Panda 2” entendia, as piadas não têm tanta graça, mas há mensagens para os filhos adotivos e para aqueles que querem encontrar a paz interior, já que o passado deve ficar lá trás. E isso é um ponto forte da trama. Dirigido por Jennifer Yuh Nelson, que no primeiro filme atuou como chefe de História, supervisora de Sequências de Ação e diretora da Sequência do Sonho, “Kung Fu Panda 2” merece ser visto por toda a família, em versões dubladas ou legendadas, em 2D ou 3D, como maneira de descontração e entretenimento.

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