quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Amor à Distância

Ontem vi "Amor à Distância", que a WarnerBros. lançou em DVD em janeiro, no Brasil. O longa-metragem é uma comédia romântica, mas não tão convencional como tantas outras por aí, embora remeta a fitas como "Mensagem Para Você", o clássico do namoro pela internet, de 1998, com Tom Hanks e Meg Ryan no elenco. O filme de Nanette Burstein (em sua estreia em longas de ficção) também não é um cult, como o "(500) Dias com Ela".

Para ser bastante honesta com você, caro leitor, "Amor à Distância" me lembrou bastante "Ele Não Está Tão a Fim de Você". Principalmente, é claro, pelo elenco, que traz Drew Barrymore e Justin Long, tal como no outro filme (embora eles não tenham contracenado juntos), mas também pelo senso de humor e pelo timing de comédia alavancado por Drew (Lá pelas tantas, me veio à mente "Como se Fosse a Primeira Vez", no qual ela perde a memória).

A narrativa conta a história dos dois personagens separadamente: ele, que trabalha em uma gravadora, está comemorando o aniversário da namorada. Ambos, porém, acabam brigando no fim da noite pois, adivinhe: apesar do jantar e de toda mise en scene que ele fez para agradá-la, não tinha um presente para a gata...

Já Drew, que aqui é Erin, está em Nova York por conta do estágio em um jornal na cidade e que deve acabar em seis semanas, caso não consiga o emprego permanente. Assim, terá de voltar para São Francisco, continuar o curso de jornalismo e manter o emprego no cassino onde ganha a vida.

Muitas cenas no filme são previsíveis, e o espectador já poderá se dar conta que os dois, mais cedo ou mais tarde, vão se conhecer, viver alguns dias juntos na cidade, até que ela terá de ir embora. A partir de então, começa a história que dá nome ao filme: o tal amor à distância.

Entre cenas que mostram claramente que homens e mulheres não se entendem, uma vez que eles querem encher a cara com os amigos, jogar conversa fora, sem compromisso, e elas preferem amar, ser felizes e ter um amor pra toda vida, "Amor à Distância" mostra tudo isso. Mostra também uma mulher madura, que sabe o que quer, e que não vai morrer de ciúme do namorado por ele ter amigas, e compartilha da sua vontade de ir a um show, tomar cerveja, brincar, jogar em fliperamas, sem compromisso, vivendo um dia de cada vez.

Uma cena hilária é quando Erin está no bar com um amigo "chorando as pitangas" e jogando dardo depois de litros de álcool. Então, ela engata uma discussão com um cara como se fosse um deles. Impagável!

Apesar do gênero, o longa não chega a ser tão previsível quanto parece, uma vez que, até o final, não se sabe exatamente como estarão os dois pombinhos: juntos ou separados, em NY ou em São Francisco. Isso, porém, não é o mais importante.

Prefira se apegar aos diálogos hilários, à trilha sonora que inclui The Cure, The Pretenders, The Boxer Rebellion. Preste também atenção às referências, como o grito da moça enquanto está no chuveiro (cena do clássico "Psicose", de Hitchcock), ou ao filme "Top Gun - Ases Indomáveis", que fez muito sucesso nos anos 1980.

"Amor à Distância" é bastante honesto e não quer ser mais do que é. Essa, talvez, seja uma das suas maiores virtudes.

Um comentário:

Francine Ribeiro disse...

Eu vi esse filme no cinema. Achei muito legal. Gosto bastante da Drew (Music and Lyrics, com Hugh Grant, está na lista dos meus preferidos!).
Trilha sonora bacana; achei uma delícia de filme!


abraços