Ao contrário do longa anterior, no qual ninguém sabia quem era o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e foi preciso esperar meio filme até a sua caracterização, nesta sequência ele já começa voando, rumo a uma apresentação no Expo Stark, cujo objetivo é mostrar os benefícios de sua armadura. Agora, porém, terá de responder ao governo norte-americano que sua armadura é um benefício para a população (e não uma ameaça) e, portanto, não vai entregar seu equipamento ao exército.
O julgamento, aliás, se transforma em debate, com toques de humor do protagonista. E ele aproveita para falar que conseguiu “privatizar a paz mundial”. A partir de então, o espectador já pode se preparar para o que virá na sequência.
Na constante briga entre o bem e o mal, nesta aventura o super-herói terá de enfrentar Ivan Vanko (Mickey Rourke), que, sem explicação, só pensa em destruir Stark – e para isso conta com a ajuda de Justin Hammer (Sam Rockwell). A aventura se passa em Moscou (onde vive Vanko, que se transforma em Whiplash), em Mônaco (onde Stark vai correr de carro) e também na Califórnia, onde Stark tem a mesma casa debruçada sobre o mar deslumbrante de Malibu.
Como na fita anterior, o personagem-título continua tomando suco de clorofila, recarregando a bateria que carrega no peito e, além dos personagens já apresentados na fita passada, como a assistente Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), que se torna presidente das empresas Stark, do coronel Rhodey (Don Cheadle), de Nick Fury, líder da organização S.H.I.E.L.D. (Samuel L. Jackson), este filme apresenta novos (e vai preparando o espectador para outras sequências, de outros super-heróis), como Jon Favreau, que além de produzir e dirigir o longa, ganha um papel ainda mais de destaque. Scarlett Johansson é a bela Natalie e também Viúva Negra, que ajuda o Homem de Ferro a superar os obstáculos. Sua presença, vale destacar, é daquelas que tiram o fôlego da plateia masculina, com suas curvas perfeitas e que luta como poucos.
Novamente, o toque de humor e o timing de Robert Downey Jr. fazem a combinação que se espera de um filme que tem a duração de duas horas, mas que não se vê o tempo passar, pois Favreau cumpre sua função de apontar as câmeras para as cenas de ação, aos voos de Homem de Ferro, mas sem abrir mão dos diálogos entre os personagens. As imagens também dão conta de apenas mostrar quem está no filme, como Stan Lee.
Embora no início o Homem de Ferro se mostre autoconfiante e surpreendentemente satisfeito, há, a certa altura, a decadência do herói (tal como pôde ser visto em Homem Aranha, por exemplo). É quando ele tem de enfrentar seus próprios problemas, encarar seus defeitos e exorcizar suas neuroses, começando com a luta contra seus amigos, até fazer um balanço de sua vida e retomar. E vira uma catarse completa!
A trilha sonora é outro ponto positivo, embora o som seja sempre alto (para sublinhar a adrenalina e as cenas de ação), com músicas de The Clash (“Should I Stay or Should I Go”), AC/DC.
Além da impecável performance dos atores sob a batuta de Jon Favreau (o sotaque de Mickey Rouke quando diz “I want my bird” é imbatível), a equipe de efeitos especiais é bastante grande, pois complementa o que os atores fazem para aparecer na tela. Além, é claro, de toda a tecnologia necessária para o bilionário fazer acontecer suas ambições.
“Homem de Ferro 2” dá mais ênfase ao personagem de Tony Stark, o playboy que esbanja dinheiro e desfila com carros esportivos (da marca alemã Audi), roupas bem cortadas, modelos de relógios para escolher à vontade. No entanto, é o super-herói que o espectador procura. Ainda que este seja um ponto fraco, a fita agrada e mostra que outros personagens estão para chegar ao cinema, uma vez que há um escudo de Capitão América perdido na oficina de Stark. E, para os ansiosos, um respaldo: já está sendo produzida a terceira parte de “Homem de Ferro”, mas ainda sem data para estrear.
Um comentário:
Assisti ontem Homem de Ferro 2. Achei muito bom. Divertidíssimo. Adoro heróis nada perfeitinhos. A ironia e o narcisismo dele são na dose certa.
Não tenho muita bagagem de leitura de quadrinhos, mas tenho gostado dos filmes de super heróis.
Homem de Ferro 2 é muito mais interessante do que o 1. Simplesmente impagável quando ele diz que terceirizou a paz mundial...
Agora o próximo filme da minha lista é Querido John.
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