Outro dia eu estava pensando no motivo pelo qual eu sou simplesmente viciada em internet. O problema é que eu não sou viciada em internet. Não sou aquela pessoa que fica fuçando para descobrir vídeos interessantes, ler blogs bacanas e assim por diante. O meu vício é na comunicação instantânea que só a internet pode proporcionar. Vá lá que o telefone também, mas com telefone é apenas uma ligação por vez, e também não pega bem trabalhar pendurado no fone, certo?
Pouco mais de dez anos atrás nem se falava em celular, internet, e-mail, SMS, e hoje ninguém mais pode viver sem isso.
Para dar conta de contar essa história, preciso voltar para 1997. Eu não sei explicar em termos técnicos, principalmente porque meu irmão deixou tudo pronto para o uso. O negócio se chamava BBS e era uma espécie de comunidade, na qual as pessoas podiam conversar. Depois veio a atual rede mundial de computadores, o WWW (World Wide Web), quando eu já abastecia com informações um site via FTP. Então vieram os e-mails (minha conta do Hotmail data de 1998) e, voilà, os comunicadores instantâneos.
Primeiro era o ICQ (I Seek You). Se eu não me engano, foi no ano 2000, depois do temido Bug do Milênio, e eu trabalhava em uma revista de informática e tive de aprender a mexer em vários desses programas para escrever (tudo pelo trabalho!) e não consegui mais largar.
Fiz amigos no ICQ que depois migraram para o MSN Messenger e com quem falo até hoje e nunca vi na vida. No MSN, aliás, a lista é grande. E lá estão amigos reais, virtuais, parentes (inclusive a minha mãe, que aprendeu outro dia a mexer!), colegas de trabalho. Quando ligo o notebook nem preciso procurá-lo, ele já vem sozinho.
Além do MSN tenho o Google Talk, o comunicador que vem acoplado com o GMail e o único que não é bloqueado no trabalho! E, para chamadas a longa distância, nada melhor que o Skype.
Bom, não uso mais o ICQ (nem sei bem por que deixei a florzinha – lembra do ícone? – de lado), mas foi automático. No entanto, os outros só vieram e foram se agregando, somando e, quando me dei conta, tenho vários comunicadores e o pior: várias contas de e-mail também: Hotmail, que foi o primeiro; GMail, para o GTalk; Yahoo, sei lá por quê; UOL, pelo provedor; mais as contas do trabalho. Ufa! Administrar não é fácil, haja vista a quantidade de senhas e logins necessários. Talvez por isso eu perca tanto tempo para colocar a correspondência em dia. Porém, não consigo me livrar.
E ainda teve o primeiro blog, que deve estar perdido em algum lugar do espaço cibernético; o segundo, que encheu e, portanto, tive que abrir outro, ou seja, este. E, sem mais nem menos, quando me dei conta, já estava me cadastrando no Twitter e o pior: alimentando o microblog frequentemente não apenas via web, mas também via TwitterFox e web mobile.
Aliás, esta é outra pergunta: por que eu tuito? Fiquei pensando sobre isso outro dia. Comecei por acaso, depois de ler sobre o assunto em algum lugar que não me lembro. Depois comecei a seguir o Marcelo Tas, pouco antes de entrevistá-lo, quando começou a apresentar o CQC. Então, conversamos sobre o assunto, eu disse que o seguia e ele começou a me seguir. Daí pra frente, não parei mais.
Tuito para compartilhar informações, tuito para manter contato, tuito para me atualizar, me manter informada. Tuito porque na minha rede há amigos que eu conheço pessoalmente, outros que nunca vi mas que já são amigos; tuito porque eles estão espalhados pelo Brasil, outros foram para a Argentina, para os Estados Unidos, há os que vivem na França; e por isso tuito em português, inglês e, poucas vezes, em francês. Tuito porque no Twitter estão professores, mestres, pessoas que eu admiro. Tuito porque eu posso ler o que eu quero, onde eu quiser; tuito porque posso construir uma rede com pessoas que também tuitam e têm o mesmo interesse que eu; tuito porque posso desabafar; tuito porque quando eu desabafo, encontro consolo; tuito porque não sei mais viver sem o Twitter, nem sozinha neste mundo. Esta é a grande verdade! E você, por que você tuita?
Um comentário:
Obrigado por colocar em palavras alguns bons motivos para tuítar que nem sempre a gente nota ou conta.
Ah, e eu sou um destes que te "conheceu" (já que não a conheço pessoalmente) pelo Twitter :o)
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