quarta-feira, 22 de abril de 2009

A dura missão de comprar um tíquete

Demorei a escrever este post, mas vale a pena. Primeiro porque eu não acreditei no que estava acontecendo; segundo, porque pode acontecer de novo; terceiro, porque pode ser com você. Vamos aos fatos.


Saí de casa no feriado, dia10 de abril, para assistir à pré-estreia de “Eu Odeio o Dia dos Namorados”, filme que chega ao circuito nesta sexta, dia 24 de abril. A sessão, segundo o Guia do Estadão, estava marcada para às 20h45, no Bristol (lê-se PlayArte).


Pois bem. Cheguei à bilheteria uma hora antes de o filme começar e fiquei esperando a minha amiga. Olhei na tevê as sessões seguintes que haveria por ali e não estava indicando que a sala 7 exibiria a tal pré-estreia.


Sem pensar, entrei na fila e pedi uma entrada para a sessão. Peguei, paguei e continuei esperando a minha amiga chegar. Até que ela me ligou para dizer que estava presa no trânsito e pediu que eu comprasse a entrada dela. É agora, pois, que começa a verdadeira história que eu quero contar.


Entrei novamente na fila e, com o cartão de débito em punho, pedi à bilheteira:


- Uma inteira para “Eu Odeio o Dia dos Namorados”, por favor.

- Não estamos aceitando Visa – pelo menos foi o que eu entendi.

- Mas o meu não é Visa, é Redeshop.

- Então, só aceitamos Visa.


Ok. Peguei uma nota de 20 reais e pedi novamente.


- Este filme não está mais em cartaz – ela disse.

- Como não? – nem estreou, pensei.

- Não, não está.

- Moça, acabei de comprar outro tíquete, olha (mostrei o meu pra ela, olha ele lá em cima amassadinho). Está na sala 7.

- Ah, é verdade. Mas é em 3-D.

- Como 3-D, moça? Não é “Dia dos Namorados Macabro”.

- Ah, sim, custa 19 reais a entrada.


Entreguei a nota e disparei:


- Moça, você trabalha aqui?


Sem olhar pra mim e sem responder a pergunta, ela empurrou o tíquete com uma moeda de um real de troco e chamou o próximo da fila. Minha amiga chegou e fomos rir com a Nia Vardalos em um filme em que ela escreve, atua e dirige (não necessariamente nessa ordem).


Para completar, durante a sessão inteirinha, na minúscula sala 7, um casal gay ficou de ti-ti-ti. Só um deles falava. Comentava a cena com o companheiro e ficava repetindo as frases em inglês, como se estive no curso de línguas. Cada vez mais as pessoas acham que estão na sala de casa assistindo ao DVD e pensam que podem ficar falando o tempo todo. Tá certo que a sala é pequena, mas... Minutos antes do final, dei uma olhada para trás com cara de brava e ele sossegou. Antes eu tivesse olhado antes...

Um comentário:

Thiago disse...

hahahaha que estranho
a tia da bilheteria tava bem loka heim
pelomenos deu pra ver o filme neh
;D