* O que eu realmente fui fazer na Noruega em maio...
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Para conhecer o Dodge Journey fui até, digamos, o topo do planeta. Exageros à parte, Oslo, capital da Noruega, foi o ponto de partida para a avaliação do carro que chega às lojas no fim de agosto e hoje circula apenas pelas ruas dos Estados Unidos e do México, onde é fabricado. Tranqüila na cidade norueguesa, soube do responsável pelo marketing internacional da montadora, John Millar, que o Journey foi concebido para ser versátil, pode levar até sete ocupantes e que o preço no Brasil deve ficar em torno de R$ 100.000.
A parte mais importante de todo esse preâmbulo, afinal, é o motivo que me fez seguir até a pacata cidade escandinava: o tão esperado test-drive, que nos permitiria experimentar, de fato, a tecnologia e o conforto impressos na novidade. Fizemos um percurso que saía de Oslo e seguia pelo interior da Noruega durante três horas no total por estradas pouco movimentadas, mas que não permitiam desenvolver tanta velocidade (os radares fotográficos estavam espalhados por todo o trajeto).
O modelo que teremos nas lojas por aqui virá equipado com motor V6 de 2,7 litros e câmbio automático seqüencial de seis marchas, justamente o que eu escolhi para guiar. No percurso recheado de curvas deu para perceber que o carro tem boa estabilidade e transmite segurança ao motorista. O prazer de dirigir é acompanhado também por mimos, como o estofamento revestido por um tecido resistente a manchas e odores, além de ser anti-estático e de fácil limpeza. Ou seja: caso a criançada resolva fazer aquela bagunça, a conservação está garantida. O modelo, aliás, foi feito pensando nelas, pois os pequenos podem se entreter com as telas no teto da segunda fileira, onde podem assistir a filmes em DVD, ou até mesmo instalar o videogame.
Encontrar a posição ideal de dirigir também é moleza. É possível mexer facilmente na altura do volante e na distância do assento, assim como controlar o encosto. Nos outros bancos, o conforto também está assegurado, apesar do pouco espaço na terceira fileira. Em compensação, os assentos do meio podem ser movidos para frente e para trás, ajudando a regular o espaço para as pernas de acordo com as necessidades dos ocupantes (esses bancos podem ser dobrados, transformando-se numa mesinha de apoio). Também não faltam porta-objetos. Há como armazenar 12 latas de 330 ml em um deles; no porta-luvas, existe outro recipiente para guardar outras duas, que são mantidas refrigeradas, graças ao sistema de ar-condicionado.
No porta-malas, mesmo que se utilize todos os assentos, ainda é possível carregar um pouco de bagagem. O porta-óculos com espelho está disponível não apenas para o motorista e o passageiro que seguem na frente, mas também para os que estão sentados atrás. Outra facilidade que o carro oferece é a porta com abertura de 90 graus, facilitando a entrada dos passageiros e acomodação da bagagem.
Durante o teste, o sistema de navegação por satélite foi muito útil, mas, infelizmente, não virá para o Brasil. Porém, o som de alta-fidelidade está garantido. O aparelho permite a troca de seis CDs e ainda dispõe de um HD que consegue armazenar músicas sem que seja necessário ficar carregando os discos. Para trocar arquivos, há uma entrada USB, que permite a conexão de pen drive, e oferece tecnologia Bluetooth, que geralmente se comunica com computadores portáteis e telefones celulares.
Ainda no painel, na tela que mostra o mapa do GPS e as informações do aparelho de som estão imagens geradas pela câmera que revelam a traseira do veículo. Ou seja, assim que engatada a marcha à ré, é possível visualizar o espaço que se tem para fazer pequenas manobras.
O item que eu mais testei no carro, além do fato de dirigi-lo e do porta-copos que carregou minha garrafinha de água Evian, foi o freio. Isso porque, durante o percurso, quando eu estava a cerca de 100 km/h, na estrada, um alce atravessou a pista na minha frente. No entanto, ele parou no meio da ilha e, em vez de atravessar para o sentido oposto da rodovia, o animal resolveu retornar. Freei o máximo que pude para não atingi-lo. E deu certo. Além de o carro ter respondido ao meu desespero, graças aos freios a disco nas quatro rodas e ao sistema ABS, o alce, que é muito comum naquele país, voltou ileso para a floresta. Assim, verifiquei que meu cinto de segurança e dos outros dois passageiros que estavam no carro funcionaram plenamente bem. Já os seis air bags instalados na frente e nas laterais não tiveram de mostrar a sua utilidade...
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*Matéria originalmente publicada na edição 6 (agosto de 2008) da CAR Magazine Brasil
2 comentários:
Oi, Tati!!!
Que bacana, não sabia que vc estava escrevendo sobre carros tb! Quando tiver matérias de GPS, procure-me, heim? rs...
Super boa sorte e parabéns pelo blog mais uma vez!
Bjs
Pois é, Tati... Tb não sabia que vc escrevia sobre carros... E aposto que foi muito chato fazer essa viagem chata para um lugar que me pareceu ser chato demais e testar um carro mais chato ainda, rsrs!
Você escreve superbem! Parabéns!
On se tien au courant, hehe!
Bisous
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