quinta-feira, 10 de abril de 2008

Um Plano Brilhante

Logo no início, já se sabe como termina o longa-metragem "Um Plano Brilhante" ("Flawless"), dirigido pelo indiano Michael Radford. Isso porque a história, que se passa em Londres, começa com uma Demi Moore muito mais velha (e maquiagem falsa), contando a uma jornalista sobre sua atuação no mercado de trabalho, já que em sua época as mulheres sofriam discriminação sexual. Então, a narrativa volta para os anos 1960 e começa a mostrar como tudo aconteceu.

Ao lado de Demi Moore, que faz o papel de uma executiva bem-sucedida prestes a ser despedida, está Michael Caine (sempre ótimo!), que interpreta um faxineiro da empresa de diamantes onde ambos trabalham.

Um dos pontos sobre os quais o filme se preocupa é com relação ao feminismo e à bem-sucedida carreira da executiva. É fato que naquele tempo não era comum uma mulher ter um cargo de alto escalão em uma empresa do porte como é a retratada no filme. Outra questão é a segurança e também a relação dos funcionários com os patrões.

O longa não cria muitos suspenses quando vai contar a história do roubo na fábrica, mas consegue atrair a atenção do espectador, que quer saber como e por que tudo aconteceu. A fita dá conta de remontar a Londres daquela época, assim como o figurino e a direção de arte, com detalhes que fazem a diferença.

Entre os atores, que possuem excelente química, está uma Demi Moore madura, articulada e sensual quando necessário, principalmente para conseguir o que quer. Ao mesmo tempo, o frio e calculista Caine é capaz de mostrar habilidade de convencimento, não apenas da personagem com quem contracena, mas também do espectador que está ali para assisti-lo.

A certa altura da película, o público já poderá ter noção do que vem pela frente, já que trata-se de uma história um tanto convencional, embora tenha um final imprevisível, principalmente relacionado aos propósitos e não exatamente ao ato.

"Um Plano Brilhante" é daquelas produções que você pode assistir com a missão de que vem um quebra-cabeça pela frente. Tentar adivinhar o final é conseqüência para os ansiosos; os que têm paciência, podem apenas aproveitar as imagens que serão exibidas na tela grande.

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